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Diogo mimoso

Diogo Mimoso, 25 anos, é Engenheiro Aeroespacial, actualmente a viver em Toulouse e a trabalhar como R&D Software Engineer na Akkodis para um projecto na Airbus.

Em 2018 deixou Portugal e embarcou para França para estudar na ISAE-SUPAERO.  Esta oportunidade foi o início de um caminho que o levou a estar hoje a trabalhar em espaço. 

Como surgiu a oportunidade de ir para a ISAE-SUPAERO?  

À chegada ao quarto ano, deparamo-nos com a possibilidade de fazer Erasmus dentro do mestrado. Isso foi sempre algo que despoletou um grande interesse em mim, no entanto comecei a ponderar a hipótese de alargar esse período e com isso fazer o mestrado completo no estrangeiro. As hipóteses mais faladas dentro do curso eram Delft e Supaero e acabei por escolher candidatar-me à Supaero pela conhecida indústria aeroespacial na cidade de Toulouse, onde a universidade se situa.

E se concorreste a algum programa específico?

A Supaero tem parceria com o técnico para um duplo diploma no qual o aluno faz o mestrado completo na supaero em língua francesa e uma tese final para cada uma das universidades, se não puder ser co-dirigida. No entanto, a supaero tem o seu próprio mestrado internacional em inglês o qual motivou um maior interesse da minha parte, não só pelo programa, mas também pela multiculturalidade dos alunos e o facto de não ter um grande à vontade com a língua francesa. Foi então nesse sentido que me candidatei ao mestrado internacional, tendo em mente mais tarde seguir a vertente espacial.


Como foi estudar em França? 

Foi uma experiência super enriquecedora. Em relação à vida universitária, o curso é muito enriquecedor, visto que muitas das aulas são leccionadas por pessoas da indústria e que por isso podem dar a sua experiência profissional como exemplos. Tendo seguido sistemas espaciais como especialização, tive oportunidade de ter diferentes cursos sobre os vários sistemas dum satélite, desde os sistemas de propulsão e navegação aos instrumentos de observação. Estes cursos foram leccionados por professores vindos do CNES, Thales, Airbus DS, Ariane Group, entre outros. 

Em termos pessoais, foi também uma experiência muito valiosa visto poder interagir e conhecer culturas de todo o mundo, desde à América do Sul, à Africa e India, passando pelo sudeste asiático à Oceania. Podémos compartilhar experiências gastronômicas, musicais, histórias de vida e são recordações que guardo com muito carinho.


Sentes que a ISAE-SUPAERO ajudou-te a projectar no mercado de trabalho?

Sem dúvida nenhuma, especialmente em 3 vertentes, desde logo uma já mencionada. O facto de termos professores da indústria permitiu fazer desde logo networking e partilhar sugestões em como abordar o nosso início de carreira. De seguida, a Supaero investe muito do seu tempo em feiras empresariais, palestras e contactos com a indústria para os seus alunos, assim como no centro de carreira que está totalmente disponível para ajudar os alunos em preparação para entrevistas, corrigir o seu currículo ou ajudar na procura de emprego. E finalmente, o facto de requerer um estágio para concluir o mestrado impulsiona desde logo a entrada no mundo empresarial.