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Inês castelão
Inês Castelão, Engenheira Aeroespacial, atualmente a viver na Suécia e a trabalhar na OHB Sweden como Space Business Engineer.
No Verão de 2022 participou no Space Studies Program da International Space University. A Inês conta-nos aqui um pouco da sua experiência e que oportunidades lhe proporcionou.
Como surgiu o interesse na SSP (Space Studies Program)?
Maioritariamente através de alumni: o meu primeiro chefe é um SSP alumnus e sempre me deu a entender que tinha sido uma excelente experiência, quer a nível profissional quer pessoal. Depois de ter conhecido mais alumni com a mesma opinião, estabeleci como objetivo participar numa edição do SSP (ou outro programa de curta duração da ISU) quando tivesse oportunidade. Felizmente a oportunidade surgiu em 2022, quando o programa aconteceu em Portugal.
E em termos de bolsa ou suporte financeiro, concorrentes a algum programa específico ?
Concorri a duas bolsas: da ESA e da PT Space. Felizmente foram-me atribuídas ambas, caso contrário a minha participação teria sido impossível uma vez que o preço do programa continua a ser muito proibitivo para os bolsos portugueses.
Como foi a experiência da SSP em Lisboa? E quais são as tuas melhores recordações desse tempo?
Eu sei que é um cliché mas o melhor do SSP são as pessoas: ter a oportunidade de passar dois meses em contacto tão próximo com profissionais do ecossistema espacial com experiências tão diferentes (engenheiros, cientistas, astronautas, etc.) e de países tão distintos é um verdadeiro privilégio. E portanto as minhas melhores recordações são de todos os amigos que fiz e dos profissionais incríveis que pude conhecer e com quem aprendi imenso.
A juntar a tudo isso, o SSP de 2022 realizou-se não só no meu país, mas na minha terra natal (Oeiras), o que adiciona ainda mais uma camada de nostalgia quando me recordo desse tempo.
Sentes que a ISU te abriu novas portas?
Diria que sim e de várias formas, mas a principal foi fazer o mundo parecer mais pequenino e sobretudo menos assoberbante; antes do SSP aceitei um trabalho na OHB Sweden, mas só me mudei depois do programa e diria que a minha perspectiva em relação à mudança mudou drasticamente durante o verão: senti-me mais pronta e receptiva a abraçar o novo desafio e menos receosa de viver num país estrangeiro, rodeada de novas pessoas.